Em relação à matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, nesta quinta-feira (07), afirmo estar absolutamente tranquilo quanto a minha atividade política institucional, exclusivamente baseada na defesa dos interesses do Estado da Bahia e do Brasil.
Estou à disposição do Ministério Público e demais órgãos competentes para quaisquer esclarecimentos. Em tempo, manifesto meu repúdio à reiterada prática de vazamentos de informações preliminares e inconsistentes, que não contribuem para andamento das apurações e do devido processo legal.
ENTENDAM O CASO:
Investigadores da Lava Jato analisam troca de mensagens do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, com um dos condenados na operação, o empreiteiro Léo Pinheiro. Nessas mensagens, haveria negociação de apoio financeiro ao candidato do PT à prefeitura de Salvador em 2012. E também um pedido de ajuda ao ministro para liberar dinheiro do Governo Federal para a OAS.
As mensagens reveladas pelo jornal 'O Estado de São Paulo', foram encontradas nos telefones do ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, que já foi condenado na Lava Jato.
O jornal cita uma mensagem trocada entre Léo Pinheiro e um celular identificado como sendo de Jaques Wagner, em 10 de outubro de 2012, sobre apoio ao candidato petista no segundo turno da eleição para prefeito de Salvador.
No dia seguinte, o candidato derrotado do PMDB à prefeitura, Mário Kertesz, marcou uma entrevista para anunciar a sua saída do partido e o apoio ao petista. No mesmo dia, Léo Pinheiro teria mandado a seguinte mensagem para Jaques Wagner: "assunto MK, preciso lhe falar".
Léo Pinheiro já tinha usado a mesma sigla em uma mensagem anterior quando escreveu: "o endereço que filho me forneceu foi MK Street 3.600". A suspeita dos investigadores, ainda segundo o jornal, é que o número 3.600 seria um valor pago e a sigla 'MK' o destinatário do dinheiro.Em outra mensagem, de 21 de outubro de 2014, Léo Pinheiro pede a Jaques Wagner ajuda para falar com o então ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e liberar um recurso de mais de R$ 41 milhões referente a um convenio assinado em 2013. Nesse dia, Léo Pinheiro teria escrito: "governador, se for possível, peço seu apoio”.
Jaques Wagner teria respondido: "ok, vou fazê-lo. Domingo vamos ganhar com certeza", escreveu Wagner, se referindo também ao segundo turno da eleição presidencial de 2014. Diante da resposta de Wagner, Léo Pinheiro avisa a um de seus executivos: "já falei com JW. Vai ligar para o PS”.
Os investigadores estão analisando as mensagens. Até agora, não há uma conclusão definitiva sobre as conversas nem um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal para investigar Jaques Wagner.
A assessoria de Nelson Pellegrino informou que ele não quis comentar. Mário Kértez disse que as mensagens são cifradas e que não eram destinadas a ele - e que, por isso, não tem o que responder. O Jornal Nacional não conseguiu contato com a defesa de Léo Pinheiro.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu em defesa do seu colega Jaques Wagner (Casa Civil) e disse ter certeza de que ele não praticou nenhuma ilegalidade. “Pessoalmente conheço Jaques Wagner há muitos anos. Tenho absoluta convicção da sua lisura e comportamento”, afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. “E nem me parece que exista qualquer comportamento ilícito apontado em relação a ele”, completou.
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