segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sarney diz: “o impeachment de Collor, foi um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil”.

              
            O senador José Sarney defendeu a retirada de fotografias da época do impeachment do expresidente e atual senador Fernando Collor de Mello da galeria do “túnel do tempo” da casa -como é chamado o corredor que liga o plenário aos gabinetes dos senadores. Mas uma vitória para o Fernando Collor de Mello.





segunda-feira, 23 de maio de 2011


                                 A VOLTA TRIUNFAL!
                         
                Aos poucos ele foi aparecendo na mídia e num piscar de olhos, ocupa a cadeira da Ex-Senadora Heloisa Helena este político, empresário, carioca, mas de família alagoana, chama-se: Fernando Affonso Collor de Mello (Senador pelo PTB de Alagoas), prefeito biônico em 1979 aos 29 anos de idade, indicado pelo partido ARENA (partido da situação criado pelo regime militar), depois deputado federal pelo PDS, partido que substituiu ARENA.
                Em 1986 é eleito governador de alagoas pelo PMDB, conquistando uma grande projeção nacional com a criação do slogan o “caçador de marajás”, bonito, novo, conquistou a mídia, então deixa o governo pela metade em 1989, concorre à presidência da república com o discurso dos descamisados, conquista o Brasil, saindo do último lugar nas pesquisas, pois o empresariado, emissoras de TVs, rádio, ver como a única esperança para deter a candidatura de Luis Inácio Lula da Silva, pois os empresários começam a procurá-lo pra fazer doações pra campanha de Collor é eleito o primeiro presidente da república pelo voto direto, com 35 milhões de votos, 3 milhões a mais que o segundo colocado, Luis Inácio Lula da Silva.

Vídeo da posse

             


             
                Sendo eleito, apresenta um formato inovador de um presidente, através de um aparato de marketing pessoal baseado na juventude e modernidade pra atrair a mídia, como por exemplo; o “caçador de marajás” praticava cooper dominical acompanhado de pessoas com alguma popularidade nos meios de comunicação, dirigia caminhões, pilotava e andava de jet-ski tentando transmitir a imagem de estadista esportivo, moderno e determinado; tinha como tesoureiro, Paulo César Farias um empresário alagoano quebrado, pois o único ramo que não tinha ingressado era a política, há relatos no livro “Morcegos Negros”, que “Collor o conheceu Paulo César Farias na campanha de Paulo Maluf na época ele era tesoureiro Maluf em Alagoas na ultima eleição indireta para presidência da república, que na época era deputado federal”, pois Paulo César Farias ficou como tesoureiro de Collor desde os seus dois primeiros últimos mandatos ao governo de alagoas, coincidência o mesmo aconteceu como presidente da república de Collor.
                Com a grande projeção que Collor alcançou; seu tesoureiro desencadeia um esquema “P.C. Farias que manchou o governo de Collor de Mello, um empresário falido que reuniu tanto dinheiro em tão pouco tempo, era um esquema que utilizava toda influência e prestigio para montar um amplo e bem estruturado esquema ilegal de apropriação de recurso mediante atos criminosos a envolver órgãos da administração pública e federal; a ação desse grupo acabou envolvendo funcionários públicos, empresário, indústrias. comerciantes particulares, no quadro de corrupção, concessão, exploração de prestigio, extorsão, usurpação de função, entre outros crimes com um total desapreço aos princípios que regem a administração pública denominados PC, ele dizia que era preciso eleger Fernando Collor ou a esquerda chegaria ao poder”.
            - Trechos do relatório do delegado Paulo Lacerda, no livro “Morcegos Negros” (Lucas Figueiredo).
                Mas o abalo decisivo no governo de Collor foi à denúncia que seu irmão deu a revista veja em maio de 1992, denunciando a sociedade escusa entre Collor e Paulo César Farias. Pois Roberto Jefferson (advogado, ex-parlamentar), lutou para impedir que não ocorresse o impeachment, mas não teve jeito.
                Então em dois de outubro de 1992, Fernando Collor não era mais o presidente do Brasil, deixando o palácio pela frente, caminhando de mãos dadas com sua esposa. Poucos o acenam como o deputado Luis Eduardo Magalhães, o governador Antônio Carlos Magalhães e o senador José Sarney sobre o céu de uma grande angular de Brasília embarcam em um helicóptero, o Brasil explode de festa.

                 -Em trechos do seu livro “Crônicas de Um Golpe”, Collor descreve no seu 1º capítulo como foi o dia 2 de outubro de 1992.
                                                                    
                                                                                                                                     

                 
                “Fiquei só. Enquanto no congresso a traição se manifestava e o golpe se consolidava, no meu gabinete nada se ouvia. Inerte, à janela, contemplando o nada, tentava ouvir o silêncio. Mas o que ouvi, de repente, foi um surdo, um rumor de multidão, que saía do plenário da câmara dos deputados, chegava aos manifestantes e logo se espalhava, misturando-se a buzinas de automóveis. Percebi naquele momento que o impeachment sido aprovado. Continuei só, em pé, imóvel”.
              
                
                “A Sentença fora acertada fisiologicamente, enquanto a minha defesa era baseada em fatos concretos, argumentos jurídicos, provas que prevaleceriam no histórico julgamento do Supremo Tribunal Federal - que me absolveria em 1994, dois anos depois do impeachment. A decisão do Senado "política", não poderia ser outra. Percebi isso quando já era demasiado tarde. Renunciei ao mandato, como última tentativa de impedir aquele grotesco espetáculo, mas ainda assim realizaram o " julgamento". O objetivo era consumar o golpe e afastar-me da vida pública como uma maneira de protegerem os seus escusos interesses, finalmente vitoriosos”.
            
                “Suspenderam os meus direitos políticos por oito anos, exatamente como a ditadura militar procedia com aqueles cuja ação política temia. O governo que me substituiu e seus cúmplices mal escondiam o temor pelo meu retorno, que sabiam inevitável, e por isso - ilegalmente -“julgaram-me”. Não poderiam fazê-lo, por que apresentei a renúncia antes de a sessão ser iniciada. A Constituição autoriza o Senado a proceder o julgamento de presidente da república e, com a renúncia, eu já não ocupava o cargo e o substituto já estava empossado. Adotou - um rito previsto na lei 1079, de 1950, que regulamentava artigo da constituição de 1946 e que evidentemente já não vigoravam”.

                “Dali a instantes, o secretário-geral da presidência da república entrou no gabinete e, às minhas costas, disse com voz clara, triste e respeitosa”:
              - “Senhor Presidente, a votação acabou”.
               “Voltei-me para ele e o dispensei da necessidade de fazer a comunicação do resultado da votação”:
                “Já sei Marcos. Não temos mais o que fazer. Vamos para casa”.
                “Parecia um dia qualquer, mas era o último. Senti as mãos de Rosane entrelaçarem a minha apertando-a vigorosa e carinhosamente. Sem mesmo olhar em seus olhos, imaginei-a assustada. As mãos firmes estavam frias, mas do que impõe o clima de Brasília nos outubros secos de manhãs geladas”.
                “O chefe do serviço de segurança (coronel Darke Figueiredo) ponderou ao seu superior imediato - o chefe do Gabinete Militar - e logo o general Agenor trouxe a apreensão dos militares”:
               -“Senhor Presidente, acho que seria mais seguro sair do palácio pela garagem, no subsolo. Continuam chegando ônibus com manifestantes, que parecem muito agressivos, vão fazer barulho”.
                “Compreendi a preocupação, mas recusei”:
               -“Eles não metem medo em ninguém, general, eu os conheço. Vou sair pela porta da frente”.
                “Concluída a solenidade, pretendia deixar a sede do governo o quanto antes. Despedi-me de todos os presentes, um a um, num clima de grande emoção. Fomos levados ao andar térreo, na saída reservada ás autoridades, de onde seguiríamos ao heliponto. Atendendo minha determinação, a polícia não reprimiu os manifestantes que invadiram a área lateral do saguão do palácio e ficaram a poucos metros de nós. Deixamos o palácio com as cabeças erguidas, caminhando normalmente”.

                “Em meio aquela multidão havia também os que me aplaudiam, como um cidadão humilde que me fitava emocionado. Interrompi a caminhada, fui até ele, cumprimentei-o com um forte aperto de mão, agradeci a sua coragem. Naquele precioso instante, fez-se um silêncio. Eu e Rosane ainda nos voltamos para um derradeiro aceno àqueles que estiveram conosco até o último momento. Lembro bem esse grupo (formado pelos senadores Áureo Mello, Ney Maranhão, Odacir Soares, os deputados Humberto Souto, Ivan Buriti, José Burnett, José Lourenço e Paulo Octávio; Álvaro Mendonça, Lafaiete Coutinho, Luiz Carlos Chaves e Luiz Estevão) levantou os braços, formando a letra V com os dedos, gesto que repeti tantas vezes”.

Vídeo da  renúcia                                  





                “Já a bordo, observando a manifestação do alto, não sentia raiva ou frustração, mas sim um profundo desapontamento. Pedi para sobrevoar as CIAC em construção em Santa Maria e Samambaia, cidades satélites de gente boa e simples, próximas a Brasília, e o Paranoá, onde inaugurei o programa de escola integral. Seria um vôo de menos de dez minutos”.
                “O comandante recusou:
               -“Não temos combustível”.
                “Percebi ali que o poder escapara mesmo de minhas mãos”.
     


                 -O que eu quero passar pra vocês leitores é a minha opinião entre o escândalo do governo Collor e o esquema do mensalão do governo lula. Collor foi punido a cargo eletivo por 8 anos, e se livrou de todas as acusações no supremo incluindo o crime de corrupção passiva, na entrevista que deu a jornalista Sonia Bride da rede globo; “até onde eu sabia, os recursos dele haviam sido arrecadados de empresas privadas, para financiar campanhas políticas, repete o mesmo argumento na sua defesa no supremo tribunal federal, que acabou sendo essencial para absorvê-lo na corrupção passiva”.

                 A Mídia tem o poder incalculável de influenciar as pessoas “massas” e interferi em suas decisões. Na campanha presidencial, a Globo apoiou Collor de acordo com os seus interesses Ou seja, se Brizola ganhasse, iria revogar a concessão da emissora.  E se apoia Lula, a esquerda estaria no poder, então injeta o seu apoio ao Collor, politico mas jovem, bonito concorrendo ao cargo de presidente da republica na primeira eleição direta para presidência.

                 A população foi ao delírio, sai do ultimo lugar nas pesquisas e indo pra o segundo turno, e ganha do lula. Mas tempo depois esses mesmos meios de comunicação que coloco-lhe no poder, em fração de segundos esquecem o que fez e tira então do poder. Pois viu que ele não representava, mas os seus interesses, Porém, a situação politica, econômica e social em que atravessa o país é outra.






                 Então a Globo começa a influenciar as pessoas com a minisérie Anos Rebeldes, mininovela esta que representava a situação da época era ditadura militar. Com isso a massa é influenciada pela mídia, vão pra as ruas pedindo o impeachment de Collor e acaba ocorrendo o fato. Collor na época era um politico que em tão pouco tempo se tornou presidente, uma carreira politica tão rápida, prefeito aos 29 anos, deputado federal, governador, e aos 40 anos é representante da nação brasileira. Um presidente novo em um ninho de cobras, não tinha trânsito no congresso, não participava de churrascos com deputados, teve uma má escolha de seu tesoureiro, criticou empresários como Ermírio de morais em público. O seu irmão de sangue o prejudicou na imprensa, foi o caos! Roberto Jefferson lutou pra impedir o impeachment, mas não teve jeito, se ele tivesse trânsito no congresso e participasse de churrascos com certeza ele seria blindado como, o Lula.

                 À crise do mensalão foi muito pior do que no governo Collor, nada se viu antes na história politica econômica brasileira, Lula teve sorte! Pra obter a sua “blindagem” contou com a participação de um dos melhores advogados do país, o ministro da justiça Márcio Thomas Bastos, “coincidência” (Roberto Jefferson tentou impedir o impeachment de Collor) que articulou com a oposição pra que não ocorresse o impeachment; trechos do livro o chefe por Ivo Partarra, “as denúncias em turbilhão ligadas ao escândalo do mensalão, em 2005, deixaram desesperados integrantes do PT e do governo Federal. Achavam que Lula não resistiria e que o impeachment era iminente.
                
                 “Havia muita gente convicta de que o governo tinha acabado” admitiu o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, em entrevista à revista Veja, em junho de 2008. Houve até uma “famosa noite”, em que os ministros Antônio Palocci (PT-SP), da fazenda, e Márcio Thomas Bastos, da justiça, sugeriram um acordo à oposição, para evitar o acirramento da crise, nas palavras de Gilberto Carvalho, “Lula abriria mão da reeleição em troca do restante do mandato”. Aquela noite foi difícil para todos nós”.

                Os dois ministros procuraram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) por orientação de Lula. Márcio Thomas Bastos disse a FHC que o País ficaria ingovernável com o impeachment. O ex-presidente concordou, conforme o relato do repórter Carlos Marchi, no jornal O Estado de S. Paulo. E Comprometeu-se a acalmar a oposição. Do repórter. “Nas semanas seguintes, a sua influência foi sentida e acabou sendo vital para que a oposição refreasse o ímpeto e não chegasse ao limite do pedido de impeachment”.


                                                                          

                 FHC avaliou que o afastamento de Lula “criaria uma cisão no Brasil”. Outros líderes da oposição, como o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), e o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), Também foram procurados por emissários de Lula. O escândalo do mensalão provocaria ainda mais desolação nos dias seguintes. Lula ficaria chocado com o episódio da prisão, com dólares na cueca, de um assessor do deputado José Nobre Guimalhães (PT-CE), irmão do presidente do PT, José Genuíno (SP).

                 E quando Duda Mendonça admitiu à CPI dos correios, em agosto de 2005, que recebera no exterior, proveniente de caixa 2, pagamento pela campanha que havia elegido Lula, os dois ministros demonstraram ao presidente que a confissão do publicitário atingiria pessoalmente o mais alto mandatário da nação. A situação, a partir dali, fugiria do controle do governo.


                  Daquela vez, Antônio Palocci se mostrou desorientado a FHC, e informou-o de que os conselheiros mais próximos de Lula temiam seriamente pelo futuro do presidente. Palocci falou em “desastre”. Para ele estava “tudo perdido”. Se não bastasse, de acordo com o relato do então ministro da Fazenda ao ex-presidente FHC, havia novos escândalos a explodir, como o de um rombo de R$ 500 milhões no Banco do Brasil. Mas isso jamais veio á tona. E Lula conseguiu o que parecia impossível. Sobreviveu politicamente.

                 Os escândalos eram veiculados nos meios de comunicação, muitos foram punidos e a cada dia a popularidade de “Lula” subia em termos nunca vistos antes na historia do país. Trechos da comissão parlamentar mista de inquérito dos correios, em 30 de junho de 2005 às 14:30 HORAS.



 “Participei no passado de uma CPI, a CPI do PC, como advogado. Exerci um papel de advogado naquele momento. Tentei fazer naquela CPI o que vi ontem aqui por parte de alguns membros de partidos políticos: impedir que as investigações avançassem. Também procurei evitar que o fantasma do PC Faria pudessem viver a luz do dia. E, nessa inversão de papéis que vivo hoje, Vejo que muitos que ontem exorcizavam aqueles fantasmas agora se abraçam com eles. Só que eles não são, mas os fantasmas do PC são os fantasmas do Delúbio e do Marcos Valério”.

                 “Sr. Presidente, assisti ontem a uma queda de braços de quase nove horas na comissão para se quebrarem ou não as contas do Sr. Marcos Valério, de Belo Horizonte, aquele moço carequinha, percebi que um partido queria impedir, de toda maneira, que ele fosse investigado, um partido que até ontem fazia acusação a sua afirmação de luta, do libero pessoal contra pessoas a escada a subir, do cadáver de homens troféus a ostentar á opinião pública, duro é quando esses cadáveres começam a repousar no nosso colo e os fantasmas que eles representam, a assombrar nossas bandeiras, nossas lutas e assustar os nossos discursos”.
 


                 A mídia estava entrelaçada ao governo Lula, o BNDES destinou R$ 4 bilhões a mídia, dentre os mais favorecidos foi à Globo, jamais o quarto poder (MÍDIA) iria fazer com o Lula o que fez com Collor. Lula foi blindado sua popularidade crescia a cada dia é reeleito em 2006. Faz a sua sucessora e deixa o governo com, mas de 80% de aprovação em 2010.
                 
                 Voltando a Collor, já como senador pelo PTB em 2006, apoiando o governo Lula. Sai em 2010 concorrendo ao governo de alagoas, estava liderando as pesquisas, acaba perdendo. Apoia no segundo turno Ronaldo Lessa PDT, pedindo votos pra Dilma, mas quem ganha é Teotônio Vilera (PSDB).





                 Por uma lei sancionada pelo presidente José Sarney (PMDB) em 1986, alterada durante o governo tucano FHC e regulamentada por Lula, em 2008, o ex-presidente do país tem direito enquanto viverem, além do salário integral, a dois carros de luxo e oito servidores pagos pelos cofres públicos, beneficiados então Collor, Itamar Franco, FHC e o próprio Lula. (Decreto 6.381 de 2008 ratificou os Privilégios). Depois de muitos anos de luta, Collor readquiriu o direito na justiça das benesses concedidas aos ex- presidentes e hoje cumula todos os benefícios, e o ministério da cultura lei Roanet liberou 392 mil reais pra o centro de memória do presidente Fernando Collor de Mello que fica localizado em frente à casa da Dinda pra cuidar da memória do ex-presidente.