Um fato Lamentável! A menina de 11 anos que foi agredida no Subúrbio do Rio por intolerância religiosa falou no estúdio do jornal Edição das 18h, da GloboNews, nesta terça-feira (16). Kailane Campos,que é candomblecista e foi apedrejada na saída de um culto, disse que nunca sentiu nenhum tipo de discriminação e que ficou nervosa no momento da agressão.
"Esse susto não abala minha fé, ela vai sempre continuar", disse.
A menina deu entrevista na companhia da avó, Kátia Marinho, que no candomblé é conhecida como Mãe Kátia de Lufan. Iniciada no candomblé há mais de 30 anos, ela descreveu como foi o momento da pedrada.
"Há 25 anos tenho um barracão na Vila da Penha. Éramos um grupo de oito pessoas, saímos da casa do meu compadre e voltávamos para o meu barracão. Quando pegamos a (Avenida) Meriti, eles estavam no ponto de ônibus. Quando viram um monte de gente de branco, começaram a falar: 'É coisa do diabo, está amarrado'. Continuamos a andar e de repente só escutamos ela a gritar, o sangue desceu", explicou.
O Rio de Janeiro é o segundo estado com o maior número de casos de intolerância religiosa, atrás apenas de São Paulo. Os dados são da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Apenas em 2014, foram registradas 21 denúncias de ofensas à religião no Rio. A situação preocupa autoridades e líderes religiosos, como antecipou o G1.
No mais completo mapeamento já feito no estado do Rio de Janeiro sobre intolerância religiosa, dos 840 terreiros de umbanda e de candomblé pesquisados, 430 informaram terem sido alvo de agressão ou discriminação. Em quase 40% dos casos a responsabilidade pelos ataques foi atribuída a evangélicos.
A coordenadora do curso de pós-graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), professora Sônia Maria Giacomini é uma das autoras do livro "Presença do axé, mapeando os terreiros do Rio de Janeiro". Ela assinou o capítulo que revela o preconceito contra os seguidores da umbanda e do candomblé. Ainda no Rio de Janeiro,no Complexo de Lins no Morro do Amor, os traficantes( são evangélicos)da favela não gostam da pratica do candomblé pois é proibido ter terreiros e pessoas que são do rito, se descobrirem são expulsos da favela. A menina Kailane Campos, de 11 anos, que foi vítima de intolerância religiosa no domingo (14) no Subúrbio do Rio, foi recebida,ontem, sexta-feira (19) pelo arcebispo da cidade, cardeal Dom Orani Tempesta, na sede da arquidiocese, na Glória, Zona Sul do Rio. A jovem tomou café da manhã e conversou sobr os episódios com líderes religiosos.

Mais outro caso de Intolerância Religiosa: o médium do centro Espírita Lar de Frei Luiz, na Taquara, Zona Oeste do Rio,Gilberto Arruda, morto,ontem,sexta-feira (19), foi encontrado amordaçado, com as mãos amarradas e com o rosto ferido por muitos golpes. Ainda de acordo com as testemunhas, que não quiseram se identificar, a vítima dormia em um quarto separado da esposa, Marli.
"Ele foi encontrado deitado no chão pela esposa", afirmou Wilson Vasconcellos, presidente do instituto. Ele esclareceu que Gilberto não trabalhou nesta quinta-feira (18). Ainda segundo os dirigentes da instituição, não há câmeras próximo à casa onde Gilberto morava, mas há vigilantes 24 horas em todo o terreno do centro. O corpo do médium foi retirado do centro por volta das 13h30, após a perícia. Os "Órgãos Competentes"urgentemente tem que adotar medidas cabíveis!